sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Segundo pesquisa nacional, brasileiro desconhece a hepatite C

Pesquisa realizada com 1.137 pessoas mostra desinformação.

O brasileiro desconhece a hepatite C e tem uma percepção errada sobre a doença, segundo revela pesquisa divulgada durante o Congresso Brasileiro de Hepatologia, em Salvador. De acordo com os dados, levantados pelo Instituto Datafolha, 51% dos brasileiros não sabem dizer espontaneamente o que é hepatite C. O estudo mostra ainda que 86% dos entrevistados concordam que a maioria das pessoas desconhece a doença e seus efeitos.

Hepatite: a doença é caracterizada por uma inflamação do fígado, que pode ser causada por infecções (virais, bactérias), pelo uso de álcool, de medicamentos e de drogas ou por doenças hereditárias ou autoimunes

Hepatite: a doença é caracterizada por uma inflamação do fígado, que pode ser causada por infecções (virais, bactérias), pelo uso de álcool, de medicamentos e de drogas ou por doenças hereditárias ou autoimunes.


Grupos de risco de hepatite C

Saiba quem deve fazer o teste para detectar a doença:

• Quem recebeu transplante de órgãos ou tecidos, além de doadores de esperma, óvulos ou medula óssea

• Pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1994

• Doentes renais em hemodiálise

• Pessoas que usam ou usaram drogas injetáveis ou cocaína inalada

• Quem utilizou medicamentos intravenosos nas décadas de 1970 e 1980

• Portadores do vírus HIV

• Filhos de mães contaminadas com hepatite C

• Pessoas que tenham feito tatuagens ou piercings em locais não seguros

Fonte: Sociedade Brasileira de Hepatologia

A falta de informação fica clara quando 24% das pessoas pesquisadas disseram conhecer uma vacina contra a hepatite C e 7% dos entrevistados afirmaram já terem sido vacinados contra a doença - desconhecendo o fato de que não existe imunização. Atualmente, somente as hepatites A e B possuem vacina.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Falta de vacinação de adultos impulsiona surto de coqueluche em SP

O número de casos de coqueluche no Estado de São Paulo até julho deste ano já é maior do que o total registrado em 2010, segundo dados da Secretaria da Saúde.
Até 19 de julho, foram registrados 183 casos, contra 176 em 2010. O pior ano da doença na última década foi 2008, com 258 casos.
Segundo o Sinan (Sistema Nacional de Agravos de Notificação), até agosto, o Brasil confirmou 593 casos, sendo 80% deles em bebês menores de seis meses. Houve 16 mortes, todas entre crianças.
Os surtos da doença ocorrem em intervalos de dois a quatro anos. A bactéria age mais em temperaturas altas.








O principal problema é o aumento dos casos em adultos. Apesar de a doença não ser tão grave nesse grupo, é ele o principal transmissor da infecção para bebês. Quanto menor a criança, mais perigosa é a doença.
"O problema dos adultos que não tomam vacina no Brasil é cultural. Ela ainda é vinculada à infância, mas o comportamento vem mudando com a vacinação para idosos e viajantes", diz Renato Kfouri, presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações).
De acordo com Lily Weckx, pediatra e infectologista da Unifesp, a imunização dos adultos é necessária.
"A última dose é dada às crianças no segundo reforço, entre 4 e 6 anos. Depois dessa idade, não há mais vacina na rede pública."

IMUNIZAÇÃO

A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que produz uma toxina causadora de tosse, catarro e coriza.
A doença é caracterizada por uma tosse ininterrupta, que pode durar de duas a quatro semanas.
O esforço da tosse pode provocar hemorragia nos olhos e até no cérebro. Em recém-nascidos, a doença pode evoluir para pneumonia.
Até um quinto dos casos de tosse comprida em adultos é causada pela coqueluche, segundo a infectologista.
Em São Paulo, a vacina contra a doença é dada desde 1968. Na rede pública, ela está disponível só para as crianças.
Na rede privada, é encontrada a tríplice (difteria, tétano e coqueluche). Uma nova vacina quadrivalente (também contra poliomielite) acaba de ser lançada no país.
Renato Kfouri, da Sbim, recomenda o reforço da vacina para adultos a cada dez anos. A vacina é contraindicada se a pessoa estiver com febre alta, se teve reação alérgica recente ou sofreu efeitos colaterais na primeira dose
O principal problema é o aumento dos casos em adultos. Apesar de a doença não ser tão grave nesse grupo, é ele o principal transmissor da infecção para bebês. Quanto menor a criança, mais perigosa é a doença.
"O problema dos adultos que não tomam vacina no Brasil é cultural. Ela ainda é vinculada à infância, mas o comportamento vem mudando com a vacinação para idosos e viajantes", diz Renato Kfouri, presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações).
De acordo com Lily Weckx, pediatra e infectologista da Unifesp, a imunização dos adultos é necessária.
"A última dose é dada às crianças no segundo reforço, entre 4 e 6 anos. Depois dessa idade, não há mais vacina na rede pública."

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SP: cresce taxa de mortalidade por meningite em Campinas

Chegou a 40% a letalidade por doenças meningocócicas em Campinas, no interior de São Paulo: dos 25 infectados diagnosticados até ontem, dez morreram, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A coordenadoria de Vigilância em Saúde do município, que considera a taxa elevada, pediu a atenção dos profissionais de saúde para casos suspeitos, frente "ao possível incremento da incidência da doença meningocócica nos próximos meses". Em 2010, entre janeiro e setembro, Campinas teve 40 casos da doença, com 12 óbitos - mortalidade de 30%, já considerada alta. No Estado todo, a mortalidade foi de 19,6% em 2010, segundo o Ministério da Saúde. Em números absolutos, foram 1.428 casos, com 280 mortes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.